factor x

Ok, rendo-me. Bandeira branca. Quando criei a (pen)última bolacha do pacote, apesar de pretender falar de tudo um pouco, "tudo um pouco" não era bem sobre o factor x. Mas não aguento. Confesso-me.

Domingo à noite, jantares de amigos, cafés nos cafés do costume, mil e um planos. Mas não. Nada me alicia. Nem o facto de eu puder andar 7 dias para trás e ver o programa em qualquer um dos outros 6 dias da semana. Não! "Domingo à noite é noite de factor x, já sabem" respondemos eu e o meu mais que tudo (não fôssemos nós almas gémeas) quando alguém nos faz algum convite para este dia. E assim se passam os domingos à noite lá por casa: dois jovens de 22 anos, uma televisão de muitas polegadas, um pote de gelado, e o factor x. E dois autênticos júris.

E eis que começa assim a minha revolta...

Será que alguém me pode explicar os critérios de selecção da minha querida Sónia Tavares? Será que alguém me pode explicar, com razões lógicas, o porquê das escolhas daqueles quatro no meio de tanto talento? Ok, o Matheus é óptimo. Sim, é. Respira, inspira, transpira, larga música por tudo quanto é lado! Os outros 3... Cantam bem? Cantam. Mas... não haviam ali melhores vozes? Ok, não vou entrar por este caminho. É  muito subjectivo. Uns gostam, outros não gostam, e quem sou eu para saber quem desafina e não desafina. Mas uma coisa eu e até a pessoa mais insensível dos ouvidos viu e ouviu: o miúdo. E o miúdo canta bem, ai não que não  canta! Disso não tenho dúvidas. Mas quantos não cantaram bem e ficaram pelo caminho? Depois da Sónia sentar o menino, cada vez que vinha outro concorrente cantar, a minha conclusão era sempre a mesma: não foi brilhante. Mas merece mais que o garoto. Qualquer dos concorrentes que foi embora, mereciam mais do que ele!

Sónia, minha querida. O miúdo é realmente amoroso e canta que se farta para os seus doze anos. Mas como hoje uma senhora disse e bem... "O factor x não é um concurso de amorosos".

Como eu gosto de ti, e não quero acreditar que perdes-te o teu discernimento para conseguir destingir um vozeirão de mais uma voz, volto à mesma conclusão de sempre: dinheiro. All about the money. Mais uma vez.

Acredito que a SIC tenha de certa forma "obrigado" a Sónia a manter o menino de 12 anos. Ou que sentido faria o formato do programa ter sofrido alterações em relação à última edição (relativamente à idade dos concorrentes), se agora nas galas não houvesse nenhum concorrente fruto dessas mudanças de regras? Sem falar que uma criança dá audiências. Dá votos. Dá chamadas. Dá dinheiro. E como sempre... It's all about the money.

Beijinhos,

Gabi.

(Pelo menos não vejo a casa dos degredos. Segredos, desculpem.)